Preparativos para um Conflito Urbano
Moçambique está a se preparar para possíveis tensões urbanas, caso o Conselho Constitucional (CC) valide a vitória de Daniel Chapo e da FRELIMO. Ativistas e políticos afirmam que o CC já está a atuar como árbitro em meio a várias alegações de violações.
Previsões de Violência
Um cenário apocalíptico é previsto para o dia 23 de dezembro, data em que serão anunciados os resultados eleitorais pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE). O receio de violência permeia a população, como expressa Jaime Munguambe: “Estou muito preocupado com a possibilidade de violência. Acredito que o dia será tenso, dependendo do que for anunciado.”
Clima de Insegurança
Nos últimos dois meses, a população tem vivido sob a ameaça de violência, especialmente após as manifestações que rejeitaram a legitimidade de Daniel Chapo, candidato da FRELIMO, nas eleições de 9 de outubro. A inquietação é compartilhada por políticos como Manuel de Araújo, que questiona como o CC lidará com possíveis irregularidades eleitorais. Ele expressa preocupações sobre o aumento da intolerância e do ódio na sociedade.
Preparativos da População
As principais cidades do país estão em alvoroço, com os cidadãos a abastecerem-se de mantimentos, prevendo o pior. Muitos planejam permanecer em casa, seguindo a sugestão de Venâncio Modlane, líder atual do país. Munguambe observa que “a tensão é palpável; ninguém sabe o que esperar, e o dia promete ser complicado.”
Segurança e Ameaças
Lúcia Ribeiro, presidente do Conselho Constitucional, tem enfrentado ameaças e expressou sua preocupação com a situação em Moçambique. Em um vídeo, ela mencionou o desejo de restaurar a paz no país, ressaltando a insegurança que a ameaça representa para sua família e para a sociedade.
Descrédito nas Instituições
A declaração de Daniel Chapo como vencedor, feita antes do acórdão do CC, aumenta ainda mais a desconfiança da população em relação ao governo. O Presidente Filipe Nyusi havia pedido calma e paciência, mas essa contradição reforça a crise de credibilidade nas instituições do país.
A situação em Moçambique continua a ser tensa, com a população apreensiva e as autoridades sob pressão. O desenrolar dos acontecimentos no dia 23 de dezembro será crucial para o futuro político do país.